terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Então...

Então a vida é mais ou menos isso: Você se apaixona por alguém. Não dá certo. Ou pq esse alguém não te quer, ou o mundo e as pessoas vão contra. Ou pelo estilo de vida dos dois, ou a diferença de idade ou pelo simples fato de você não ser para o outro o que ele é para você. E você é obrigado a ficar na espera daquele desencanto, esperando seu coração ser preenchido por outro alguém. Enquanto isso o tempo passa... Seus amigos mandam você sair e conhecer gente nova. E é tanta gente dizendo a mesma coisa que parece ser uma obrigação. O tempo continua passando e você vai acumulando fracassos amorosos. Seu coração continua vazio e despedaçado. A vida passa, sempre, o sentimento às vezes não. E tudo segue naquele ritmo. Você conhece qualquer pessoa, resolve se envolver com ela por pura conveniência, pelo medo de ficar só ou por ela passar p/ você alguma segurança, ou fazer você se sentir superficialmente amado. Vocês acabam selando um relacionamento. Quando vai ver está se casando do jeito que sua mãe sonhou te ver casando, mas não com a pessoa que você ama. Quando menos espera gera um fruto deste relacionamento vazio. Este fruto te vincula ainda mais à alguém que só te faz bem, mas não faz você se sentir do jeito que a outra pessoa fazia. Você envelhece, infeliz, ao lado de alguém que não ama... mas não importa, você está seguindo a vida como ela deve ser seguida. Você está dando andamento à ela. Você envelheceu... talvez com netos, uma grande e linda família. Uma família que você decidiu construir com alguém que talvez tenha te trazido paz, dado carinho, amor... Você racionalmente reconhece isso, mas seu coração continua vazio. Você construiu uma linda família, mas não com quem você amava. Não com a pessoa que te trazia paz, mas que trazia aquela perturbação deliciosa que ninguém jamais traria. Não com a pessoa que te dava prazer, que te fazia feliz ao mesmo tempo que te enviava ao inferno. Você morre, mas deixa para próxima geração filhos, laços... talvez de homens e mulheres que irão se entregar à alguém, alguém que não ame... mas que darão continuidade à sua família linda, de laços mal feitos e relacionamentos vazios.

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