terça-feira, 2 de outubro de 2012

Replay

Vamos recomeçar nosso caso. Quero te encontrar no mesmo barzinho de antigamente. Você chega com atraso Eu reclamo... Você mente... Eu digo que te odeio!!! Mas te amo... Trocamos beijos e afagos sobre a mesa sob as vistas curiosas do garçom. Eu digo que não gosto, mas é bom e quero mais... E quanto mais eu peço, menos você faz! Há tanto p/ dizer, mas eu não digo. Há tanto p/ brigar, mas eu não brigo. Só sensações de falsas honestidades... Eu me devasso. Você me invade. Rememorandos e repetições... Você não vai deixar que eu pague a conta e dizer que mais tarde se desconta. Num abraço, eu me colo no teu peito e sinto tuas mãos entrelaçando minha cintura E impulsionada por esse muito (quase nada) Eu digo que te amo!!!! Mas te odeio.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Imperfeição

Gosto das coisas com um toque de imperfeição. A gota do vinho tinto na toalha branca... O gosto amargo do café na garganta. A barba por fazer. O sorriso sem graça (encantador) pela piada mal contada. Os olhos cansados, pquenos de sono pela noite não dormida, mas conversada. O assunto que nunca termina e emenda um no outro virando uma história sem fim. O tom da roupa... A voz rouca... A sensualidade dos lábios no olhar de menino perdido. O cheiro da roupa limpa e mente suja.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Parceria

Já é de manhã, mas ninguém vai embora. Te resgato do bar, discretamente para que ninguém perceba e caminhamos, ziguezagueando pela calçada. Alheios à chuva que só percebo quando entramos no teu carro e vejo teu cabelo molhado. Fica tão engraçado assim!!! Esqueço a chave para o lado de fora da porta de casa, mas só noto isso na manhã seguinte, quando você vai embora para, quem sabe, voltar. Desculpe, mas o alcool rouba minha memória e nunca lembro de dizer o quanto gosto de ti, da tua conversa, da tua companhia... Melhor assim. Não tem motivo. Não quero conquistas. Você me pergunta quando deixarei de acampar na minha própria casa e sempre reclama de não ver uma imagem sua entre as tantas na parede. Respondo que isso não interessa, não é da sua conta. O que me interessa são teus olhos apertadinhos de sono, do alcool a essa hora da manhã... olhos pequenos que me aquecem. Tenho a mania de te espiar pelo olho mágico, quando me deixa, batendo a porta. Só para te saber quando não somos. Adoro o cheiro do teu perfume e o silêncio que ficam quando se vai. ... e te esqueço com a menor brisa ou com a água do chuveiro ou barulho do secador. O gosto do meu primeiro café do dia é cortado com a lembrança de uma conversa tosca nossa. Longe dos afagos você me responde mal e eu sou fria. Sempre tem uma crítica para o que escrevo e diz que me exponho demais. Respondo que a vida é minha e dou as costas. É bom e sempre repetimos, mas, aceitemos: algumas parcerias se esgotam na noite.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Segredo



O meu amor é nú
Todo despido
Puro e limpo
Como nossos corpos
em algumas tardes...
Faço segredo
Pois meu medo
É que me censures
Que me procures
Para dizer,
entre rodeios:
Adeus!