Chovia na tarde...
dia cinzento,
vento indiscreto
dando a notícia do fim do verão.
Na moldura da janela, a paisagem.
Na paz do momento a cadência da água
caída pela calha.
No beiral da parede gotas cintilantes
uma após uma, caindo...
Nosso silêncio era tudo o que tínhamos.
Languidamente permanecemos naquela cama,
olhando a tarde.
Na magia do momento existia música.
Nada sei da cama,
da goteira,
da música,
da tarde chuvosa...
Sei apenas que os braços eram teus.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Monólogo
Aqui da platéia
comendo pipocas
assisto meu ato
e sou diretor
mudo o cenário
manejo as luzes
controlo o som
sou contra-regra
estou lá na frisa
seguindo o roteiro
fazendo no palco
a cena final.
Num grande fiasco
esqueço o texto
da peça perfeita
que eu inventei,
na hora do "bravo"
em vez do aplauso,
acabando a pipoca
estouro o papel!
comendo pipocas
assisto meu ato
e sou diretor
mudo o cenário
manejo as luzes
controlo o som
sou contra-regra
estou lá na frisa
seguindo o roteiro
fazendo no palco
a cena final.
Num grande fiasco
esqueço o texto
da peça perfeita
que eu inventei,
na hora do "bravo"
em vez do aplauso,
acabando a pipoca
estouro o papel!
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